Eu sempre joguei muito, extremamente competitivo. Tinha que saber todos comandos e sempre buscar

Eu sempre joguei muito, extremamente competitivo. Tinha que saber todos comandos e sempre buscar


Sobre o vício de jogar, de um jogador que não joga mais.

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A era dos Vídeo Games

Criado na era de ouro dos vídeos games, eu desfrutei de momentos mágicos dentro dessa tecnologia. Meu pai acabou por sempre me dar vídeo games de gerações atuais enquanto os anos passavam. Eu tive um Atari 2600, um Phantom System (Nintendinho 72 pinos), um Mega Drive e um PlayStation 1. Este último, da Sony, eu acabei vendendo a um amigo. Após alguns anos ele conseguiu me pagar, parte já tinha me dado em dinheiro na época da negociação então me deu um PSOne na ocasião, este eu negociei e vendi. Desde então nunca mais tive vídeo games, eu era um gamer da plataforma PC.

Eu sempre joguei muito, extremamente competitivo. Tinha que saber todos comandos e sempre buscar "virar" o jogo. Mais no futuro o termo "platinar" em jogos mais recentes. Nunca fui um jogador de ficar jogando para passar o tempo, o objetivo sempre existia, sempre precisava alcançar um lugar no jogo (lá atrás, nas fitas e nos CD's, era sempre finalizar o jogo). Exceto pelos jogos de luta e futebol entre amigos, era uma competição divertida.

A era do computador e dos jogos em rede

Com o advento da internet, os jogos em rede local e depois via internet os jogos passaram por modificações. Além do modo história, existe agora o modo online, e este é sem fim. Tudo se intensificou com celulares, tablets e consoles de nova geração. Agora você é refém de algo interminável. Sua vontade de jogar não tem mais fim, você precisa estar de tempos em tempos jogando e executando tarefas, lutando, competindo eternamente. O tempo em jogo só aumenta e você vai se recusar a fazer qualquer tipo de métrica sobre isso, principalmente se for confrontado.

Problemas que um viciado em jogar passa

Sua vida profissional é afetada, queira você ou não. Bem como, você pode imaginar, sua vida pessoal também. É uma prisão na qual você mesmo se colocou, quer estar e se nega estar ao mesmo tempo. Uma loucura sem fim. Quanta vida você gasta nisso? Chega a ser triste que para se divertir um pouco tudo tenha saído tanto do controle. Controle esse que um viciado vai assumir ferrenhamente até o fim que o tem, sem nunca admitir que já o perdeu há muito tempo.

Não adianta brigar, confrontar, nem mesmo punir, diversos argumentos irão existir para tudo isso que foi citado, encobrir. Demanda muito esforço do jogador para sair disso. Se distrair é bom e necessário, mas o excesso conduz à dispersão e perda do poder pessoal.

O desprendimento e as reflexões

Ao me descolar disso, acabei por nunca mais jogar, eventualmente acabei instalando aplicativos similares no celular (sudoku ou outros jogos de inteligência) e desinstalei imediatamente, pois me consome rapidamente. Acabo por eventualmente ver alguém jogar. Hoje descobri e valorizo muitas outras formas de me entreter e viver, me faz melhor.

O entretenimento digital hoje, vicia de uma forma visceral. Seja o vídeo game, seja o youtube, seja o big brother, seja qualquer coisa que desprenda seu tempo de forma agressiva sem contra balancear, agregando na vida do indivíduo. Não existe nenhum problema você desprender tempo para qualquer atividade que lhe interesse. Acaba se tornando um problema quando isso consome sua vida, afeta seu trabalho, seus relacionamentos e você é que não consegue se desprender disto, que no fim, é apenas um escapismo para algo dentro de você que você ainda não encontrou.

Espero que se você se identificar, que isso contribua positivamente para ti.


Diego Tillmann
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