Para falar disso vou usar da mitologia
Os três juízes do inferno, eles ilustram as portas da área mais obscura dentro de mim. Os guardiões das minhas sombras são parte de mim que não tem uma beleza comumente validada, mas para ressignificar é importante saber que aqui neste local infernal existe os campos Elíseos.
A parábola é composta por Minos e seu irmão Radamanthys, junto de Aiacos. Eles fazem a tríade de guarda, são as respectivas estrelas celestes da nobreza, fúria e heroísmo. Ampliando a cultura da mitologia grega, temos a cultura oriental dos mangás, onde o dragão serpente de Wyvern está na figura de Radamanthys, a águia alada de Garuda representada por Aiacos e o veredito final dos juízes fica por conta do lendário Grifo, vivido por Minos.
Aiacos tem sabedoria e paixão pela justiça, detentor das chaves da escuridão.
Radamanthys é o leal de rigorosa severidade, guarda a entrada dos Elíseos.
Minos é o controlador das decisões finais, sendo calmo, calculista, frio e sádico.
As três grandes personificações e suas asas negras são os generais das minhas sombras, conferem toda a alusão dos julgamentos e representam tudo aquilo que em tese não deveria ser visto. Fazem parte da minha existência, da minha dualidade. Eles não podem ser absolutamente oprimidos, nem tão pouco completamente livres sem filtros. Para uma vida saudável é necessário um aprendizado constante.
Ainda assim, nesse contexto, eles são os protetores de um paraíso. Eles têm o dom de iludir. E se existe alguma definição curta para tudo isso, seria o que diz na música “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”.